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terça-feira, novembro 08, 2011
As vezes me levanto para olhar através da minha janela. Em algumas dessas vezes vejo que a rua está com pouco brilho. Talvez resposta do prateado céu fosco. E nesses momentos observo que brisa fria passa delicadamente na pele fazendo despertar pêlos. E nesse instante, percebo que pela mesma brisa um pássaro se move um pouco para melhor se abrigar abaixo de uma folha. Se estamos em uma estação como esta, poucas folhas restam.
Ao olhar como essas folhas cintilam por causa de pequenas gotas de água, lembro que essas gotas correm folhas para em seguida lavar o chão por onde passará uma amada. Quando for a hora, há de se sentir um cheiro característico de terra lavada.
Ou talvez antes disso... Antes da amada calcar aos pés o chão úmido, o amado talvez terá um bom pretexto (o frio) para ter com ela e quem sabe aquecer as mãos dadas a um passeio.
Sim. Dá para cogitar enquanto pequenas gotas descem silenciosamente, levadas ao vento, à terra. Mas se elas já fazem barulho, o vento tenciona derrubar o atônito pássaro e aquela folha que o cobria já não existe. E aquela terra que antes se chamava “lavada” já não se pode ver, pois submersa, ou em parte misturada, por uma grande quantidade de líquido marrom (claro ou escuro), serve de guia para que esta água tome casas e impeça que os amados possam passear.
1 Response to " Seria Romântico se não fosse TRÁGICO (Reflexos da chuva em Salvador) "
Brown Eyes
said :
9 de novembro de 2011 às 19:25
"O que fazemos na vida ecoa na eternidade."